segunda-feira, 2 de junho de 2008

Apelo aos Agricultores e amigos da ALDA

A ALDA apela, a todos os agricultores, técnicos e amigos da Associação para que dentro da sua disponibilidade ajudem a nossa Associação proporcionando-lhe uma vida associativa mais activa. Queremos continuar a defender a Agricultura, os Agricultores e o Mundo Rural.
Todos os que quiserem participar nesta Jornada de Solidariedade poderão fazê-lo através do seguinte NIB (0010 0000 34186220001 84).
A todos vós muito obrigado. E já agora deixamos a garantia de continuar a lutar por causas que julgamos ser justas.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

a imprensa e a iniciativa dos Mártires do Corte das Videiras

16-Mai-2008
Mártires do corte das videiras são exemplo a não esquecer
Centena e meia de pessoas participaram, ontem, em Ovar, na homenagem aos mártires do corte das videiras de 15 de Maio de 1939, em Válega. Na cerimónia, promovida, como é hábito, pela ALDA - Associação da Lavoura do Distrito de Aveiro e pela União dos Agricultores do Concelho de Ovar, foi lida uma saudação pelo dirigente da ALDA, Albino Silva, que salientou «a justa homenagem a todos aqueles homens e mulheres que se levantaram contra o corte das videiras e pela defesa da produção agrícola familiar».Um exemplo muito actual, pois, nas palavras do dirigente dos agricultores, apesar dos tempos serem outros, «recordar esta data é também uma forma de alertar para os momentos difíceis que vive actualmente a nossa agricultura». Albino Silva aproveitou a ocasião para apontar o dedo a «todos aqueles que ajudaram a liquidar milhares de explorações agrícolas» e que estão hoje, segundo ele, «muito preocupados com a falta de produção e a fome no mundo, lavando as mãos como Pilatos, fugindo às suas responsabilidades».Lembrar o 15 de Maio de 1939 é também, disse o dirigente, «transmitir a todos os agricultores e à população em geral, o exemplo e a coragem daqueles homens e mulheres» e aproveitar para, à semelhança deles, «levantar a nossa voz contra os que teimam em arruinar a nossa agricultura e em semear a fome nos nossos campos».Recorde-se que, numa iniciativa conjunta da Câmara Municipal de Ovar e da ALDA, em 1999, no local, em pleno centro da vila de Válega, foi descerrada uma lápide em memória dos dois agricultores valeguenses que ali tombaram no dia 15 de Maio de 1939, por se oporem ao corte das videiras ordenado pelo Governo do Estado Novo e imposto pelas armas das autoridades policiais da época.«Esses homens podem estar descansados», declarou Albino Silva, «porque vamos continuar a honrar os seus propósitos da sua luta luta, continuar a lançar as sementes que um dia germinarão num Portugal agrícola soberano e independente».
(in «Diário de Aveiro» - edição impressa)

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Homenagem aos Mártires do Corte das Videiras

A ALDA irá realizar no próximo dia 15 de Maio, em Válega, uma homenagem e rumagem às campas dos "Martires do Corte das Videiras", esta iniciativa estará integrada na jornada Regionalizada de Protesto que a CNA e associadas irá realizar. Fica o apelo feito à população, participe também.

" APELO

A 15 de Maio de 1939, Válega foi palco de uma investida das forças militares contra os Agricultores que se manifestavam contra o arranque das videiras americanas que acabou por vitimar dois filhos desta terra.




Tendo em consideração o momento difícil da nossa agricultura, é justo que, na próxima quinta-feira, 15 de Maio, pelas 11 horas, junto da farmácia Resende, todos unidos façamos uma homenagem aos homens e mulheres que com o seu sangue e suor defenderam os interesses mais nobres desta terra – a Agricultura Familiar.




Apelamos, assim, a todos para que deixemos por uma hora o trabalho e participemos todos nesta justa homenagem, quinta-feira, 15 de Maio, pelas 11 horas, junto da farmácia Resende."



ALDA – Associação da Lavoura do Distrito de Aveiro

Junta de Freguesia de Válega


Maio 2008

segunda-feira, 10 de março de 2008

ALDA participa no 30º Aniversário da CNA

A ALDA participou, com quatro dezenas de agricultores e técnicos, no 30º Aniversário da CNA. O aniversário foi celebrado numa conferência no Auditório Paulo Quintela, na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, no passado sábado, dia 8 de Março.
O presidente da ALDA, Albino Silva, fez uma saudação à Conferência e a todos os seus participantes. Fica aqui registado a intervenção do representante da ALDA, neste importante aniversário da CNA.

Conferência Nacional
30 Anos da CNA



Intervenção de Albino Silva


Coimbra, 8 de Março de 2008


Saudação

Minhas Senhoras e meus senhores,

Em nome da Direcção Nacional da Confederação Nacional de Agricultura, CNA, saúdo todos os presentes e todos os agricultores portugueses, através desta conferência comemorativa dos 30 anos da fundação da CNA.
Trinta anos passados, com uma imensa actividade e luta sempre com os agricultores portugueses.
Trinta anos sempre contra todas as discriminações políticas, mas com a nossa firmeza e luta, estamos cá hoje para prosseguirmos a construir, sempre com os agricultores, um mundo rural mais vivo e mais promissor para o sector e para quem dele vive.
Nestes trinta anos é justo aqui lembrar um homem, um companheiro de luta, que desinteressadamente esteve na primeira linha da fundação da CNA, sempre nas horas boas e difíceis, nas lutas dos agricultores, falo, minhas Senhoras e senhores, de Joaquim Casimiro.


Lembro um homem que, pelo seu sentido colectivo, sempre esteve ao lado dos agricultores, nas suas lutas, a fazer a sementeira de um futuro mais próspero para quem trabalha a terra e, para quem dela, faz circular a seiva de um país mais forte e independente.
Porém hoje, como ontem, preparamos o futuro, o futuro de uma confederação que conta com milhares de agricultores em todo o país, construtores de uma casa que os defende, o futuro de uma confederação que defende a agricultura familiar e o mundo rural. Em suma, a CNA debate-se pelo futuro de um país que poderá ter um outro rumo, se tiver um sector agrícola forte, mais independente, e se defender o que por nós é produzido. E de uma coisa vos garanto, se não alterarmos as linhas políticas que há muito têm conduzido o país, deixo-vos as palavras do poeta António Aleixo, que numa quadra definem o que vos digo:


Vinho que vai para vinagre
não retrocede o caminho;
só por obra de milagre,
pode de novo ser vinho


É com este propósito que a CNA, com os agricultores portugueses, continuará a construir um mundo rural que pague aos produtores preços justos pelo seu trabalho, preços que permitam uma vida justa e um futuro melhor! É por isto que vivemos... é por isto que lutamos!

Viva os agricultores portugueses!
Viva as mulheres agricultoras portuguesas!
Viva a Confederação Nacional de Agricultura!

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008






ALDA participa em "recepção" ao Ministro da Agricultura






A CNA e algumas associadas fizeram um recepção ao Sr. Ministro da Agricultura que se deslocou à Região Centro. Mais de meia centena de agricultores mostraram a sua indignação perante as linhas políticas seguidas pelo Sr Jaime Silva. Ficam algumas imagens da iniciativa.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008






fotografias da reunião de agricultores na Câmara Municipal de Ovar

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Carta aberta dos Agricultores do concelho de Ovar entregue na Câmara Municipal de Ovar

Ovar, 21 de Fevereiro de 2008.

Ex.mos Senhores
Executivo Camarário do Município de Ovar


APELO

A ALDA, Associação da Lavoura do Distrito de Aveiro, considera preocupante a situação da agricultura no concelho de Ovar.
A pequena e média agricultura, que ainda hoje é predominante no concelho, tem sido, ao longo dos anos, vítima das políticas desastrosas comunitárias e nacionais.
Os produtores de leite e de carne foram aqueles que mais sentiram as formas violentas da aceleração da concentração das explorações agrícolas, forçados a abandonar a sua actividade em nome da competitividade.
Estas más políticas comunitárias e nacionais originaram também muitos problemas ambientais resultantes da liquidação de centenas de pequenas e médias explorações pecuárias do concelho e da concentração da produção.
Hoje mesmo com grandes investimentos realizados pelos agricultores, nas melhorias físicas das suas explorações, no bem estar animal, na genética, entre outros, os problemas agravam-se pela imposição de linhas políticas que nada tem com a realidade agrícola do nosso concelho.
Na nossa perspectiva, o licenciamento das explorações agrícolas, Decreto-lei 202/2005 de 24 de Novembro, deve ser visto como uma medida para que se possa prolongar e melhorar a produção pecuária, quer seja na vertente leite ou carne, e não como uma estratégia que irá levar ao encerramento de uma das actividades mais ancestrais e de uma enorme importância na riqueza produzida no nosso concelho.
Nos últimos tempos tem-se verificado inúmeras queixas contra agricultores por causa do espalhamento de estrumes nas épocas das sementeiras, queixas estas, que têm servido de processos de contra-ordenação, fortemente puníveis, ao abrigo do decreto lei 446/91 de 22 de Novembro usado pelas Brigadas Verdes (GNR). Não deveria, na nossa óptica, ser aplicado, o decreto referido, à nossa agricultura do concelho, dado que as matérias primas usadas para adubação das terras são matos, aliás procedimento agronómico praticado desde sempre, e não lamas como as brigadas sempre argumentam. Daí apelar a V. Ex.cia para que dentro das vossas competências alertem as autoridades para outro procedimento a fim de não agravarem a situação difícil que os agricultores vivem actualmente.
Deixamos, para finalizar, a preocupação para que V. Ex.cias ponderem sobre a possibilidade de os agricultores ao levarem os efluentes à ETAR concelhia, ficassem libertos de uma taxa adicional, pois nas facturas das suas explorações já pagam a contribuição para esta área.


Pel’Os Agricultores do concelho de Ovar

ALDA realiza encontro de agricultores com Executivo Camarário de Ovar

Ovar, 21 de Fevereiro de 2008


NOTA À IMPRENSA

Agricultores enchem Salão Nobre
da C. M. de Ovar

A pedido da Associação da Lavoura do Distrito de Aveiro, ALDA, a reunião pública do Executivo Camarário de Ovar teve hoje de manhã perto de uma centena de agricultores do concelho na assistência. A ALDA, quis levar a esta instituição as preocupações dos produtores pecuários, fruto do plenário de 23 de Janeiro que se realizou na J. Freguesia de Válega.
Neste quadro, a questão do “Licenciamento das Explorações Pecuárias”, a sua legalização, os problemas ambientais e as coimas aplicadas aos agricultores foram calorosamente apresentadas e discutidas nesta reunião pública.
A ALDA, entregou uma carta apelo ao executivo, em que perante todos os presentes, foi prometido ser conduzido este documento às instituições nacionais e aos responsáveis por esta pasta no país.
Segue em anexo, a esta nota, o documento entregue.
Sem outro assunto de momento, os nossos respeitosos cumprimentos.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Carta de reclamações

O texto que se segue consiste no documento aprovado em plenário e entregue às entidades responsáveis, na AGROVOUGA/2007 (Aveiro)

CARTA DE RECLAMAÇÕES

AGROVOUGA/2007/Aveiro





A Associação da Lavoura do distrito de Aveiro, ALDA, enquanto movimento criado na defesa da agricultura e dos agricultores, mostra-se profundamente preocupado com a actual situação do sector agrícola e pecuário nacional, com particular atenção na região em que se encontra inserida, o Distrito de Aveiro.
No período de 1999-2005 desapareceram no nosso país 92 mil explorações agrícolas. Em 6 anos, uma em cada cinco explorações desapareceu, correspondendo este valor a 15 mil explorações por ano, o que dá uma média de 41 explorações por dia.
A Beira litoral foi a segunda região do país a perder mais explorações, 16560 explorações agrícolas, que encerraram portas num período de 6 anos.
Por tudo isto, os agricultores e o mundo rural do Distrito de Aveiro defendem:

1.Proporcionar, à Produção Nacional, o escoamento dos Produtos a melhores preços (hortícolas, leite, vinho, fruta, madeira, etc) e controlar eficazmente as Importações;


2. A redução das Contribuições Mensais dos Agricultores para a Segurança Social, por escalões, consoante os rendimentos das Explorações e sem perda de direitos retributivos;

3. A reposição da Ajuda à Electricidade Verde e o aumento do subsídio (desconto fiscal) para o Gasóleo Agrícola;

4. O aumento da quota de produção de leite nacional, como medida, contra a falta de leite e salvaguarda das explorações leiteiras;

5. O fim da contribuição audiovisual no sector agrícola;

6. Ajuda governamental, para que exista apoio técnico aos produtores pecuários e financiamento para a realização das obras necessárias, no âmbito do processo de licenciamento das explorações;

7. Sendo o Baixo Vouga uma área de grande importância no distrito, reclamamos que seja incluído como área estratégica, que deverá ser apoiada, para que se terminem os projectos em curso;

8. Que se alterem as propostas gravosas da OCM das frutas e legumes, caso sejam aprovadas colocarão em causa o futuro deste sector agrícola, importantíssimo ao país e à região.

9. A baixa dos preços dos factores de produção (Rações, Gasóleo agrícola, electricidade, entre outros);

10. A não aprovação da OCM para o sector do vinho, o arranque da vinha e a não permissão de plantio. O distrito de Aveiro, produz vinho de excelente qualidade que deve ser salvaguardado, em lugar da destruição anunciada;


Assim, reclamamos de viva voz, enquanto agricultores que somos e pretendemos continuar a ser, melhores condições para que possamos trabalhar a terra e manter o mundo rural vivo, contribuir para um Portugal mais forte, um país com futuro.